Abstract
This article examines the Sui Generis magazine (1995-2000), one of the most relevant gay press magazines in Brazil. We study the importance of this publication and the field of journalism in terms of producing and reproducing representations and processes of identities and relations of gender and sexuality. The methodology involves a discursive reading of editorials, cover stories and reader letters published between January 1995 and March 2000, as well as a restructuring of journalistic work and daily practices in newsrooms through interviews with reporters, columnists and editors. We reached the conclusion that choosing a policy of visibility based on outing and concepts of gay "identities" and "communities" allowed the magazine to create specific and more valued ways of what homosexuality is, which leads to a critical reflection on what these policies have achieved, and what their limits and tensions are.O artigo propõe uma investigação da revista Sui Generis (1995-2000), título do segmento especializado designado como “imprensa gay” brasileira. Busca-se compreender a relevância da publicação e deste campo jornalístico como instâncias historicamente produtoras e reprodutoras tanto de representações como dos processos de agenciamento de identidades e relações de gênero e sexualidade. Adota-se como metodologia a leitura discursiva de editoriais, reportagens de capa e cartas dos leitores publicados entre janeiro de 1995 e março de 2000; e a reconstituição, por meio de entrevistas com repórteres, colunistas e editores, do fazer jornalístico e das práticas cotidianas da redação. A análise permite constatar que, ao eleger como estratégia uma política de visibilidade calcada no outing e na elaboração de noções de “identidade” e “comunidade” gays, forjam-se modos específicos e mais valorizados do que seria a homossexualidade, exigindo uma reflexão crítica das conquistas dessas políticas, dos seus limites e de suas tensões.
En ese artículo se propone investigar la revista Sui Generis (1995-2000), título del segmento especializado denominado "prensa gay" en Brasil. En él, se busca comprender la relevancia de la publicación y de este campo periodístico como instancias históricamente productoras y reproductoras tanto de representaciones como de los procesos de agenciamiento de identidades y relaciones de género y sexualidad. La metodología elegida fue la lectura discursiva de editoriales, reportajes de portada y cartas de los lectores publicados entre enero de 1995 y marzo de 2000; y la reconstitución, por medio de entrevistas con reporteros, columnistas y editores, del trabajo periodístico y de las prácticas cotidianas de la redacción. El análisis permite constatar que, al elegir como estratégica una política de visibilidad basada en el outing y en la elaboración de nociones de "identidad" y "comunidad" gays, se forjan modos específicos y más valorados de lo que sería la homosexualidad, exigiendo una reflexión crítica de las conquistas de esas políticas, de sus límites y de sus tensiones.
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