Keywords
Activism
Engagement
Advocacy Journalism
How to Cite
Abstract
ABSTRACT – This article is based on bibliographical research and discusses the presence of activism in environmental journalism since its beginnings (the last quarter of the 20th century). This study discusses the development of activism in Brazil based on studies in the field from the Environmental Journalism Research Group at the Federal University of Rio Grande do Sul, and environmental news produced by the Environmental Journalism Observatory. The opposition to environmental injustices makes this journalistic perspective an engaged practice that is often overlooked by the field as it breaks from the supposed objectivity or neutrality. Among the results, we highlight a greater openness to the defense of nature, either because of the intensification of the climate crisis or because of the changes that occur in the journalistic field, such as the appreciation of subjectiveness.
RESUMO – Este artigo, baseado em pesquisa bibliográfica, discute como o ativismo está presente no jornalismo ambiental desde seus primórdios, no último quarto do século XX. A partir do acompanhamento dos estudos na área no âmbito do Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e da produção jornalística voltada para o meio ambiente, realizada pelo Observatório de Jornalismo Ambiental, discorre sobre o desenvolvimento da atividade no Brasil sob a perspectiva do ativismo. A oposição diante das injustiças ambientais fez dessa perspectiva jornalística uma prática engajada e, por isso, muitas vezes menosprezada pelo campo por romper com a suposta objetividade ou neutralidade. Dentre os resultados, apontamos uma maior abertura para a defesa da natureza, seja em razão da intensificação da crise climática, seja pelas transformações que ocorrem no âmbito jornalístico, como a valorização das subjetividades.
RESUMEN – Este artículo, basado en una investigación bibliográfica, analiza cómo el activismo ha estado presente en el periodismo ambiental desde sus inicios, en el último cuarto del siglo XX. A partir del acompañamiento de diferentes investigaciones en el ámbito del Grupo de Investigación en Periodismo Ambiental, de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul, y de la producción periodística enfocada en medio ambiente, realizada por el Observatorio de Periodismo Ambiental, se discute el desarrollo de la actividad en Brasil desde la perspectiva del activismo. La oposición a las injusticias ambientales hizo de esta perspectiva periodística una práctica comprometida y, por tanto, muchas veces ignorada por el campo por romper con la supuesta objetividad o neutralidad. Entre los resultados se destaca un mayor espacio para la defensa de la naturaleza, sea por la crisis climática o por las transformaciones que se dan en el campo periodístico, como la valorización de las subjetividades.
References
Abranches, S. (2010). Copenhague: Antes e depois. Civilização Brasileira.
Acselrad, H. (2010). Ambientalização das lutas sociais: O caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avançados, 24(68), 103–119. Retrieved from www.revistas.usp.br/eav/article/view/10469
Almeida, J., & Premebida, A. (2014). Histórico, relevância e explorações ontológicas da questão ambiental. Sociologias, 16(35), 14–33. Retrieved from https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/45983
Alsina, M. R. (2009). A construção da notícia. Vozes.
Atiles-Osoria, J. M. (2013). Colonialismo ambiental, criminalización y resistencias: las movilizaciones puertorriqueñas por la justicia ambiental en el siglo XXI. Revista Crítica de Ciências Sociais, (100), 131-152. DOI: 10.4000/rccs.5262
Barros, A. T., & Lima, M. É. O. (2012). A eficácia do jornalismo ambiental: dinâmicas e possibilidades. Proceedings of the X Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. SBPJor. Retrieved from https://conferencias.unb.br/index.php/ENPJor/XENPJOR/paper/view/2045/266
Barros, A. T. (2003). Poder, saber e discursos ecológicos no Brasil: ciência, estado e imprensa. In J. Duarte & A. T. Barros (Eds.), Comunicação para a ciência, ciência para comunicação (pp. 67-93). Embrapa Informação Tecnológica.
Bavadam, L. (2010). Environmental stories, among most challenging. In K. Acharya & F. Noronha (Eds.), The green pen: Environmental journalism in India and South Asia (pp. 03 – 11). Sage.
Belmonte, R. V. (2020). O jornalismo ambiental: Três perspectivas em cinco décadas de especialização no Brasil megadiverso [doctoral dissertation, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório digital UFRGS.
Belmonte, R. V. (2017) Uma breve história do jornalismo ambiental brasileiro. Revista Brasileira de História da Mídia, 6(2), 110-125. DOI: 10.26664/issn.2238-5126.6220176656
Bourdieu, P. (2004). Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do campo científico. Editora Unesp.
Brum, E. (2021). Banzeiro Òkòtó: uma viagem à Amazônia, centro do mundo. Companhia das Letras.
Brüggemann, M., Frech, J., & Schäfer, T. (2022). Transformative Journalisms: How the ecological crisis is transforming journalism. In A. Hansen & R. Cox (Eds.), The Routledge Handbook of Environment and Communication (2nd ed.). Routledge.
Bueno, W. C. (2007). Comunicação, jornalismo e meio ambiente: Teoria e pesquisa. Mojoara Editorial.
Canella, G. (2023). Journalistic Power: Constructing the “Truth” and the Economics of Objectivity. Journalism Practice, 17(2), 209-225. DOI: 10.1080/17512786.2021.1914708
Carvalho, G., & Bronosky, M. (2017). Jornalismo alternativo no Brasil: do impresso ao digital. Pauta Geral – Estudos em Jornalismo, 4 (1), 21–39. Retrieved from https://revistas.uepg.br/index.php/pauta/article/view/10007
Colodeti, E. (2016). Jornalismo alternativo para o século XXI: um estudo sobre os sites Agência Pública e Ponte [master thesis, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais]. Biblioteca Digital da PUC Minas.
Detjen, J. (2002). A new kind of environment reporting is needed. Nieman Reports, 56(4), 38–40. Retrieved from http://niemanreports.org/articles/a-new-kind-of-environment-reporting-is-needed
Fahy, D. (2018). Objectivity as Trained Judgment: How Environmental Reporters Pioneered Journalism for a “Post-Truth” Era. Environmental Communication, 12(7), 855–861. DOI: 10.1080/17524032.2018.1495093
Fernández-Reyes, R. (2003). En torno al debate sobre la definicion del periodismo ambiental. Ámbitos, (9-10), 143–151. Retrieved from https://idus.us.es/xmlui/bitstream/handle/11441/52292/En%20torno%20al%20debate%20sobre%20la%20definición%20de%20periodismo%20ambiental.pdf?sequence=1
Frome, M. (2008). Green Ink: Uma introdução ao jornalismo ambiental. Editora UFPR.
Gabeira, F. P. N. (1989). Novas concepções, ações e movimentos no Brasil de hoje. Anais do Seminário para Jornalistas sobre População e Meio Ambiente. Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Gavirati, P. (2013). Mediatizar el ambiente, ambientalizar los médios: tensiones en torno al discurso periodístico sobre el cambio climático. Proceedings of the Jornadas Internacionales Medios de Comunicación y Cambio Climático. Facultad de Comunicación de la Universidad de Sevilla. Retrieved from https://idus.us.es/handle/11441/30820
Girardi, I. M. T., Loose, E. B., & Steigleder, D. G. (2021). O esforço de alfabetização ecológica do campo jornalístico. In A. T. Martins (Ed.), Trajetórias de pesquisa em comunicação: Temas, heurísticas, objetos (pp. 151–166). Pimenta Cultural.
Girardi, I. M. T., Loose, E. B. & Silva, J. A. (2018). O Jornalismo Ambiental na concepção de quem o faz: Estudo com jornalistas da América Latina, Caribe, Portugal, Espanha e países africanos de língua portuguesa. Aturá - Revista Pan-Amazônica de Comunicação, 2, pp. 48-66. Retrieved from https://lume.ufrgs.br/handle/10183/182609
Girardi, I. M. T., Schwaab, R., Massierer, C., & Loose, E. B. (2012). Caminhos e descaminhos do jornalismo ambiental. Comunicação & Sociedade, 34(1),132-152. DOI: 10.15603/2175-7755/csv34n1p131-152
Girardi, I. M. T., Loose, E. B., Sirena, M. S., & Pedroso, R. N. (2011). Jornalismo ambiental na construção da cidadania. In V. J. Morigi, I. M. T. Girardi, & C. D. Almeida (Eds.), Comunicação, informação e cidadania: refletindo práticas e conceitos (pp. 107–118). Sulina.
Gligo, N., Alonso, G., Barkin, D., Brailovsky, A., Brzovic, F., Carrizosa, J., Durán, H., Fernández, P., Gallopín, G., Leal, J., Marino de Botero, M., Morales, C., Ortiz Monasterio, F., Panario, D., Pengue, W., Rodríguez Becerra, M., Rofman, A., Saa, R., Sejenovich, H., Sunkel, O., & Villamil, J. (2020). La tragedia ambiental de América Latina y el Caribe. CEPAL.
Guilbert, T. (2020). As evidências do discurso neoliberal na mídia. Editora Unicamp.
Kenix, L. J. (2011). Alternative and Mainstream Media: The Converging Spectrum. Bloomsbury Academic.
Kishiname, R., Grajew, O., Itacarambi, P., & Weingrill, C. (2002). Artigo-base sobre responsabilidade socioambiental das empresas. In A. Camargo, J. P. R. Capobianco, & J. A. P Oliveira (Eds.), Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós-Rio-92 (pp. 377–411). Fundação Getúlio Vargas.
Koop, F. (2020). Environmental journalism in South America. In D. Sachsman, J. M. Valenti (Eds.), Routledge Handbook of Environmental Journalism (pp. 383–391). Routledge.
Lahire, B. (2017). Campo. In A. M. Catani, M. A. Nogueira, A. P. Hey, & C. C. C. Medeiros (Eds.), Vocabulário Bourdieu (pp. 64–66). Autêntica Editora.
Laws, N., & Chojnicka, J. (2020). “A Future to Believe in”: Introducing Varieties of Advocacy Journalism. The Examples Sustainability and the Sanders Campaign. Journalism Studies, 21(9), 1261–1283. DOI: 10.1080/1461670X.2020.1742773
Leff, E. (2016). A aposta pela vida: Imaginação sociológica e imaginários sociais nos territórios ambientais do Sul. Vozes.
Leff, E. (2002). Saber ambiental: Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Vozes.
Loose, E. B. (2021). Jornalismo e mudanças climáticas desde o Sul: os vínculos do jornalismo não hegemônico com a colonialidade [doctoral dissertation, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório digital da UFRGS.
Loose, E. B., & Girardi, I. M. T. (2021). Interfaces entre o debate colonial e os estudos de jornalismo ambiental. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 58, 319–333. DOI: 10.5380/dma.v58i0.75877
Lopes, J. S. L. (2006). Sobre processos de “ambientalização” dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos, 12(25), 31-64. DOI: 10.1590/S0104-71832006000100003
Marques, R. A. (2005, January 19). É preciso enxergar o homem na paisagem. Museu da Pessoa. Retrieved from https://museudapessoa.org/historia-detalhe/?id=26789
Mattedi, M. A. (2002). As interpretações sociológicas das dinâmicas sociais de construção do risco na sociedade moderna. Grifos, 13, 129-151.
McQuail, D. (2013). Teorias da comunicação de massa (6th ed.). Penso.
Mendes Pereira, L. H. (2014). Jornalismo e Meio Ambiente: possibilidades e dificuldades da informação como tradutora de uma política ambiental democrática. Revista Brasileira de Políticas de Comunicação, 5, 1-21.
Mercado-Sáez, M. T., & Chavez, M. (2020). Environmental journalism in Spain. In D.B. Sachsman & J.M. Valenti (Eds.), Routledge handbook of environmental journalism (pp. 234 – 245). Routledge.
Miguel, L. F., & Biroli, F. (2010). A produção da imparcialidade: a construção do discurso universal a partir da perspectiva jornalística. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 25(73), 59–76. DOI: 10.1590/S0102-69092010000200004
Moraes, F. (2022). A pauta é uma arma de combate: Subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Arquipélago.
Moreno, C. (2016). As roupas verdes do rei: economia verde, uma nova forma de acumulação primitiva. In G. Dilger, M. Lang, & J. Pereira Filho (Eds.), Descolonizar o imaginário: Debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento (pp. 256–293). Fundação Rosa Luxemburgo.
Muñoz-Torres, J. R. (2002). Objetividad y verdade. Sobre el vigor contemporâneo de la falacia objetivista. Revista de Filosofia, 27(1), 161–190. Retrieved from https://core.ac.uk/download/pdf/38842309.pdf
Ortiz, R. (Org.). (1983). Pierre Bourdieu: Sociologia. Ática.
Pereira, F. H., & Adghirni, Z. L. (2011). O jornalismo em tempo de mudanças estruturais. Intexto, (24), 38–57. Retrieved from https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/19208
Petrarca, F. R. (2008). Atuação profissional, recursos militantes e lógicas de engajamento no jornalismo ambiental no Rio Grande do Sul. Comunicação & política, 26(3),27–54. Retrieved from https://www.researchgate.net/publication/238797501
Porto-Gonçalves, C. W. (2006). A globalização da natureza e a natureza da globalização. Civilização Brasileira.
Povineli, I. (2020). Branded Content: Relações entre jornalismo e publicidade [Master thesis]. Escola Superior de Propaganda e Marketing. Retrieved from https://tede2.espm.br/handle/tede/487
Ramos, L. F. A. (1996). Meio ambiente e meios de comunicação. Annablume.
Robbins, D., & Wheatley, D. (2021). Complexity, Objectivity, and Shifting Roles: Environmental Correspondents March to a Changing Beat. Journalism Practice, 15(9), 1.289–1.306. DOI: 10.1080/17512786.2021.1910981
Russel, A. (2016). Journalism as activism – recoding media power. Polity Press.
Stumpf, I.R. C. (2015). Pesquisa bibliográfica. In J. Duarte & A. Barros (Eds.), Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação (2nd ed.) (pp. 51-61). Editora Atlas.
Tong, J. (2017). The epistemology of environmental journalists: the case of China. Journalism Studies, 18(6), 771–786. DOI: 10.1080/1461670X.2015.1076707
Traquina, N. (2005). A tribo jornalística: Uma comunidade interpretativa transnacional. Insular.
Urban, T. (2001). Missão (quase) impossível: Aventuras e desventuras do movimento ambientalista no Brasil. Peirópolis.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Brazilian journalism research