Abstract
Considerando o avanço tecnológico, que potencializa a produção dos discursos midiáticos, e a noção de um poder libidinal instalado em nossas sociedades globalizadas, refletir sobre a representação das diferenças parece ser a principal questão. Este ensaio discute a produção de discursos jornalísticos de uma perspectiva epistemológica. O campo da mídia é compreendido como constituído por três componentes – discurso/ narrativa/ máquinas –, e sugerimos que esta tríade já provou ser incompleta: o discurso e a narrativa, uma vez que são de fato vértices do triângulo, são ausências. Dois documentários – que pretendem representar a vida em favelas no Brasil – são comparados com o objetivo de refletir sobre a representação das diferenças no discurso jornalístico brasileiro. Tendo em vista a polarização e a pulverização dos discursos, concluímos que, na perspectiva do discurso jornalístico, só se pode falar sobre alteridade se for possível compreender como as notícias são encenadas.
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