Abstract
O objetivo deste artigo é suscitar um debate sobre o assim chamado “jornalismo cidadão” ou “jornalismo participativo” e demonstrar, entre outras coisas, o equívoco na simplificação de se apresentar o confronto entre “nós” (cidadãos ávidos por exercitar sua liberdade de expressão) e “eles” (jornalistas que tentam preservar seu “privilegiado” papel de informantes). Pretendo, assim, oferecer uma nova perspectiva para a discussão sobre essa aclamada revolução no jornalismo. Se todos nós pudéssemos assumir o papel de jornalistas, o próprio jornalismo seria “naturalizado” ou dissolvido entre nossos afazeres diários. Entretanto, se imaginarmos que esse novo cenário permite transformar a todos nós, potencialmente, em fontes, poderemos verificar que o jornalismo se tornou, de fato, mais complexo. Consequentemente, passa a haver uma demanda por critérios mais rigorosos para a seleção de notícias. O que, em contrapartida, contradiz a lógica do jornalismo em “tempo real”. Mas este já seria um tema para outra discussão.Copyright for articles published in this journal is retained by the authors, with first publication rights granted to the journal. By virtue of their appearance in this open access journal, articles are free to use, with proper attribution, in educational and other non-commercial settings.
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