Resumen
As a subject in communication, journalism is part of a course of recognition. In such course, journalism is historically conditioned to articulate a series of strategies to reveal the “competencies” of an institution that seeks to be perceived as more reliable and/or truthful than others, legitimating its authority. Based on this assumption, this article discusses some theoretical and methodological approaches to journalism that takes its devices into account. This is an attempt to pave the way for drawing a historical overview of a course inherent in what we perceive as “truth” of the institution itself, present in its self-legitimating discourses.Como sujeito em comunicação, o jornalismo está inserido em um percurso do reconhecimento. Percurso que o condiciona a articular, historicamente, uma série de estratégias para revelar as “capacidades” de uma instituição que se quer passar como mais confiável e/ou verdadeira do que outras, legitimando assim sua autoridade. Com base neste pressuposto, o presente artigo procura problematizar alguns caminhos teórico-metodológicos para envolver o jornalismo em seus dispositivos. É uma tentativa de abrir pistas para a historicização de um percurso, inerente àquilo que entendemos como a constituição de uma “verdade” da própria instituição, presente em seus discursos de autolegitimação.
Como sujeto en comunicación, el periodismo se inserta en un camino de reconocimiento. Camino que lo condiciona a articular, historicamente, una serie de estrategias para revelar las “capacidades” de una institución que quiere se pasar más fiable y/o verdadera que otras, legitimando así su autoridade. Con base en este presuposto, el presente artículo busca problematizar algunos caminos metodológicos para involucrar el periodismo en sus dispositivos. Es un intento de abrir pistas para la historización de un camino inherente a lo que entendemos como el establecimiento de una "verdad" de la institución, presente en sus discursos de auto-legitimación.
Citas
Albuquerque, A. (2010). A modernização autoritária do jornalismo brasileiro. Alceu. v. 10 n. 20, p. 100-115.
Austin, J. L. (1962) How to do Things with Words. Harvard: University Press.
Barbosa, M. (2016). Meios de comunicação: lugar de memória ou na história? Contracampo, v. 35, n. 1, p. 7-26.
Benetti, M. (2008) O jornalismo como gênero discursivo. Galáxia, São Paulo, n. 15, p. 13-28.
Benetti, M; Freitas, C. (2015). A fenomenologia da memória e o “homem capaz” do jornalismo. Conexão – Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul – v. 14, n. 28, p. 167-185.
Benetti, M; Hagen, S. (2010). Jornalismo e imagem de si: o discurso institucional das revistas semanais. Estudos em Jornalismo e Mídia, ano VII, nº 1, p. 123-135. doi: http://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2010v7n1p123
Berger, P.; Luckmann, T. (2003). A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. 23ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes.
Chalaby, J. K. (1996), Journalism as an Anglo-American Invention: A Comparison of the Development of French and Anglo-American Journalism, 1830s-1920s. European Journal of Communication, vol. 11 (3), p. 303-326. doi: https://doi.org/10.1177/0267323196011003002
Charaudeau, P. (2006). Discurso das mídias. São Paulo: Contexto.
Cornu, D. (1999). Jornalismo e verdade: para uma ética da informação. Lisboa: Instituto Piaget.
Fausto Neto, A. (2008). Notas sobre as estratégias de celebração e consagração do jornalismo. Estudos em Jornalismo e Mídia. Ano V, n. 1, p. 109-121. doi: http://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2008v5n1p109
Gomes, W. (2009). Jornalismo, fatos e interesses: ensaios de teoria do jornalismo. Série jornalismo a rigor. V. 1. Florianópolis: Insular.
Habermas, J. (2004). Verdade e justificação: ensaios filosóficos. São Paulo: Edições Loyola.
Hegel, G. (1991). O sistema da vida ética. Lisboa: Edições 70.
Honneth, A. (2009). Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Rio de Janeiro: Editora 34.
Jácome, P. (2014). Jornalismo e autolegitimação: a historicidade dos discursos autorreferentes. Leituras do jornalismo. Ano 1, nº 02, p. 54-66.
Karam, J. F. (2004). A ética jornalística e o interesse público. São Paulo: Summus.
Kitch, C. (2014) Historical authority and the “potent journalistic reputation”: a longer view of legacy-making in American news media. In: Zelizer, B; Tenenboim-Weinblatt, K. (Eds.) Journalism and memory. New York: Palgrave Macmillan.
Koselleck, R. (2006). Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio.
Landowski, E. (1992). A sociedade refletida. São Paulo: EDUC/Pontes.
Leal, B. S. (2009). Para além das notícias: o jornal, sua identidade, sua voz. Revista Fronteiras - Estudos midiáticos. Vol. 11, nº 2, p. 113-122.
Leal, B. S.; Carvalho, C. A. (2014) É que Narciso acha feio o que não é espelho: autorreferencialidade e identidade do jornal. Revista Famecos, v. 21, n. 1, p. 148-164. doi: http://dx.doi.org/10.15448/1980-3729.2014.1.15045
Leal, B. S; Jácome, P. (2016). Mudar para permanecer o mesmo: marcas de um discurso de autolegitimação ao longo da história. Anais do XXV Encontro Anual da Compós, Goiânia: UFGO.
Lisboa, S; Benetti, M. (2015) O jornalismo como crença verdadeira justificada. Brazilian journalism research, vol. II, nº 2, p. 10-29.
Lopes, F. L. (2007). Auto-referência, discurso e autoridade jornalística. BOCC – Biblioteca on-line de Ciências da Comunicação, Labcom.
Maingueneau, D. (2008) Ethos, cenografia, incorporação. In: Amossy, R. (Ed.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto.
Mouillaud, M.; Porto, S. (org.). (2002). O jornal: da forma ao sentido. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Nerone, J. (2009). The journalism tradition. In: Eadie, W. F. (Ed.). (2009). 21st Century Communication: A Reference Handbook. Beverly Hills, CA: Sage.
Nerone, J. (2012). The historical roots of the normative model of journalism. Journalism, 14 (4), p. 446–458. doi: https://doi.org/10.1177/1464884912464177
Nerone, J. (2013). History, Journalism, and the Problem of Truth. In: Brennen, B. (Ed.) Assessing Evidence in a Postmodern World. Diederich Studies in Communication and Media, nº 3. Milwaukee, WI: Marquette University Press.
Prost, A. (2015). Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Ribeiro, A. P. G. (2005). A mídia e o lugar da história. In: Herschmann, M; Pereira, C. A. M. (Eds.) Mídia, memória e celebridades. Estratégias narrativas em contextos de alta visibilidade. 2ª ed. Rio de Janeiro: E-Papers.
Ricoeur, P. (2006). Percurso do reconhecimento. São Paulo: Edições Loyola.
Ricoeur, P. (2007). A memória, a história, o esquecimento. Campinas, SP: Editora Unicamp.
Ricoeur, P. (2014). O si-mesmo como outro. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes.
Rorty, R. (2007). Contingência, ironia e solidariedade. São Paulo: Martins Fontes.
Schudson, M. (2010). Descobrindo a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis, RJ: Vozes.
Traquina, N. (2005). Teorias do jornalismo, vol. I: porque as notícias são como são. Florianópolis: Insular.
Zandberg, E. (2010). The right to tell the (right) story: journalism, authority and memory. Media Culture Society, v. 32 (1), p. 5-24. doi: https://doi.org/10.1177/0163443709350095
Zelizer, B. (1992). Covering the body: the Kennedy assassination, the media, and the shaping of collective memory. Chicago & London: University of Chicago Press.
Copyright for articles published in this journal is retained by the authors, with first publication rights granted to the journal. By virtue of their appearance in this open access journal, articles are free to use, with proper attribution, in educational and other non-commercial settings.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.