Os BRICS e as Narrativas Midiáticas: A Proximidade entre as Notícias e as Telenovelas Brasileiras
PDF (Português (Brasil))

Mots-clés

Jornalismo
Brasil
Índia
Telenovela
Agenda-setting

Comment citer

Joyce, S., & Martinez, M. (2016). Os BRICS e as Narrativas Midiáticas: A Proximidade entre as Notícias e as Telenovelas Brasileiras. Brazilian Journalism Research, 12(1), 82–101. https://doi.org/10.25200/BJR.v12n1.2016.826

Résumé

Por meio da análise da telenovela Caminho das Índias, exibida em 2009 e reexibida em 2015, este artigo discute o conceito dos BRICS, em particular de dois países, Brasil e Índia, e a questão do soft power enquanto uma possibilidade de influência comunicativa e cultural que poderia contribuir, por meio da diversidade que marca o bloco, para propor um contraponto à monocultura de visões de mundo na contemporaneidade. O argumento aqui empregado é o de que as narrativas audiovisuais ficcionais transnacionais cinematográficas (Índia) e televisivas (Brasil) estabelecem uma importante ponte entre o jornalismo e a ficção. Isso porque elas exercem, em alguma medida, papel de ‘agenda-setting’, isto é, transformam-se em veículos carreadores de notícias, levando ao público acontecimentos e reflexões sobre temas atuais.   Neste artigo discutimos a relação entre a mediação informação-entretenimento especificamente nas telenovelas brasileiras, analisando a representação dos dois países por meio da obra da autora brasileira Gloria Perez.
https://doi.org/10.25200/BJR.v12n1.2016.826
PDF (Português (Brasil))

Références

BELLOS, A. Telenovelas : the story so far. Retrieved July 1, 2015, from The Telegraph: The Telegraph, 2007.

BRICS. THE STRATEGY FOR BRICS ECONOMIC PARTNERSHIP. Ufa: [s.n.]. Disponível em: <http://en.brics2015.ru/documents/>.

CALZA, R. O que é telenovela. São Paulo: Brasiliense, 1996.

CARNEIRO, M. Cristina defende “Bricsa”, com a Argentina, em evento com Lula. Folha de S.Paulo, 2015.

CURRAN, J. Media and Democracy13o. Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. Anais...Mato Grosso do Sul: SBPJor, 2015

DUARTE, J. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, J.; BARROS, A. (Orgs.). . Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. p. 62–83.

FERNANDES, I. Memória da telenovela brasileira. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.

GHEMAWAT, P. Redefiniendo la globalización: la importância de las diferencias em um mundo globalizado. Espanã: Planeta, 2008.

HAMBURGER, E. O Brasil antenado: a sociedade da novela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

JOYCE, S. N. Brazilian Telenovelas and the Myth of Racial Democracy. Maryland: Lexington Books, 2012.

LA PASTINA, A.; PATHEL, D. S.; SCHIAVO, M. Social Merchandizing in Brazilian Telenovelas. In: SINGHAL, A. et al. (Orgs.). . Entertainment-Education and Social Change. New Jersey: Lawrence Eribaum Associates, Inc, 2004. p. 261–277.

LAL, S. Brasil brilhante, Índia incrível. Folha de S.Paulo, p. A3, 28 ago. 2015.

LOPES, M. I. V. DE; GÓMEZ, G. O. Relações de gênero na ficção televisiva: anuário Obitel 2015. Porto Alegre: Sulina, 2015.

MALCHER, M. A. Teledramaturgia : agente estratégico na construção da tv aberta brasileira. São Paulo: Intercom, 2010.

MARTIN-BARBERO, J. Dos meios as mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.

MARTÍN-BARBERO, J.; REY, G. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac São Paulo, 2001.

MARTINEZ, M.; CORREIA, E. L.; PASSOS, M. Y. R. Entre fato e ficção: personagens compostos versus fraude em jornalismo. Estudos em Jornalismo e Mídia, v. 12, n. 2, p. 238–250, 2015.

MATTELART, M.; MATTELART, A. The carnival of images: Brazilian television fiction. New York: Bergin & Garvey, 1990.

MCCOMBS, M. A teoria da agenda: a mídia e a opinião pública. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

MEDINA, C. Entrevista: o diálogo possível. 2. ed. São Paulo: Ática, 1990.

MEDRADO, A. O Ocidente, o “resto” do mundo e a internacionalização dos Estudos de Mídia – “Chíndia”, BRICS e soft power. Matrizes, v. 8, n. 2, p. 137–149, 2014.

MOTTER, M. DE L. Ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela. Comunicaçã ed. São Paulo: Alexa Cultural, 2003.

NORDENSTRENG, K.; THUSSU, D. K. Mapping BRICS media. 1. ed. London: Routledge, 2015.

NYE, J. S. Soft Power: the means to success in world politics. New York: Public Affairs, 2004.

O’NEILL, J. Building better global economic BRICs. Global Economics, n. 66, p. 15, 2001.

PAIVA, R.; SODRÉ, M.; CUSTÓDIO, L. Brazil: patrimonialism and media democratization. In: NORDESTRENG, KAARLE; THUSSU, D. K. (Orgs.). . Mapping Brics Media. 1. ed. London: Routledge, 2014. p. 109–124.

PASTINA, A. LA. Selling political integrity: telenovelas, intertextuality, and local elections in rural Brazil. Journal of Broadcasting and Electronic Media, v. 48, p. 302–325, 2004.

PRAKASH, S. The Indian soap opera that’s taken Brazil by storm. Rediff Movies, 25 jun. 2009.

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Pesquisa Brasileira de Mídia 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília: [s.n.]. Disponível em: <http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf>.

SINCLAIR, J.; STRAUBHAAR, J. Latin America Television Industries. 1. ed. London: British Film Institute, 2013.

SODRÉ, M. Comunicação: um campo em apuros teóricos. Matrizes, v. 5, n. 2, p. 11–27, 2012.

STRAUBHAAR, J. Telenovelas in Brazil: from travelling scripts to a genre and proto-format both national and transnational. In: OREN, T.; SHAHAF, S. (Eds.). . Global television formats: Understanding television across borders. New York: Routledge, 2012. p. 148–177.

STRAUBHAAR, J. BRICS as emerging cultural and media powers. In: THUSSU, D. K.; NORDENSTRENG, K. (Eds.). . Mapping Brics Media. 1. ed. London: Routledge, 2015. p. 272.

THE WORLD BANK. World Development Indicators. Disponível em: <http://data.worldbank.org/>. Acesso em: 29 set. 2015.

THUSSU, D. K. Communicating India’s Soft Power: Buddha to Bollywood. 1. ed. Houndmills: Palgrave Macmillan, 2013.

Copyright for articles published in this journal is retained by the authors, with first publication rights granted to the journal. By virtue of their appearance in this open access journal, articles are free to use, with proper attribution, in educational and other non-commercial settings.

 

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.