JOURNALISM AND FACT-CHECKING: typification of sources used for checking and criteria for selecting fact-checked material – an analysis by Agência Lupa and Aos Fatos
PDF (English)
PDF(PT)

Palavras-chave

Journalism
Fact-checking
Internet
Fake news

Como Citar

Damasceno, D. de R., & Patrício, E. (2020). JOURNALISM AND FACT-CHECKING: typification of sources used for checking and criteria for selecting fact-checked material – an analysis by Agência Lupa and Aos Fatos. Brazilian Journalism Research, 16(2), 368–393. https://doi.org/10.25200/BJR.v16n2.2020.1212

Resumo

Fact-checking was initially used to verify the factuality of information given by political agents. However, the proliferation of false information on social networks and concerns about the political use of spreading lies have led to fact-checking methodologies also being used to combat fake news. In terms of a cognitive and behavioral approach, Lazer et al. (2018) suggest there are some doubts as to how effective this methodology is. This article analyzes the performance of two Brazilian checking agencies, Aos Fatos and Agência Lupa. We demonstrate that, although checking discourse is directly related to the credibility of organizations, the agencies themselves do not lay out the criteria for selecting what is to be checked. The platforms that use this form of fact-checking mainly rely on data and studies provided by official sources and public institutions, once again compromising the credibility of the process.

A prática de fact-checking foi iniciada para verificar a factualidade das informações nos discursos de agentes políticos. Mas a proliferação de informações falsas nas redes sociais da internet, e a preocupação com a disseminação de mentiras como instrumento político, fez com que as metodologias de fact-checking também fossem utilizadas para combater fake news. Levando em consideração uma abordagem cognitiva e comportamental, Lazer et al. (2018) alertam que existem dúvidas quanto à eficácia dessa utilização. Esse artigo analisa a atuação de duas agências brasileiras de checagem, Aos Fatos e Agência Lupa. Demonstramos que, apesar da checagem de discursos ter relação direta com a credibilidade das organizações, as próprias agências não explicitam os critérios que orientam a seleção do que é checado. E que nessa modalidade de checagem, as plataformas de fact-checking se valem, sobretudo, de dados e estudos fornecidos por fontes oficiais e instituições públicas, comprometendo mais uma vez a credibilidade do processo.

La práctica de fact-checking inició para verificar la factualidad de las informaciones en los discursos de agentes políticos. Pero la proliferación de informaciones falsas en las redes sociales de internet, y la preocupación por la diseminación de mentiras como instrumento político, hizo que las metodologías de fact-checking también fueran utilizadas para combatir las fake news. Teniendo en cuenta un enfoque cognitivo y conductual, Lazer et al. (2018) advierten que existen dudas sobre la eficacia de esta utilización. Este artículo analiza la actuación de dos agencias brasileñas de chequeo, Aos Fatos y Agência Lupa. Demostramos que, aunque la verificación del discurso tiene una relación directa con la credibilidad de las organizaciones, las agencias mismas no detallan los criterios que guían la selección de lo que se verifica. Y que en este modo de verificación, las plataformas de verificación de hechos se basan principalmente en datos y estudios proporcionados por fuentes oficiales e instituciones públicas, comprometiendo una vez más la credibilidad del proceso.

https://doi.org/10.25200/BJR.v16n2.2020.1212
PDF (English)
PDF(PT)

Referências

Amazeen, M. (2015). Revisiting the Epistemology of Fact-Checking. Critical Review: A journal of politics and society, 27(1), 1–22. DOI 10.1080/08913811.2014.99390

Anderson, C. W., BELL, E., & Shiry, C. (2013). Jornalismo pós-industrial: Adaptação aos novos tempos. Tradução Ada Félix. Revista ESPM, 2(5), 30–89.

Aos Fatos. (2018a, n.d.). O que é checagem de fatos — ou factchecking? Aos fatos. Retrieved from aosfatos.org/checagem-de-fatos-ou-fact-checking

Aos Fatos. (2018b, n.d.). Nosso método. Aos Fatos. Retrieved from aosfatos.org/nosso-método

Charron, J., & De Bonvile, J. (2016). Natureza e transformação do jornalismo. Brasília: Editora Insular.

Diniz, A. (2018). Fact-checking no Ecossistema Jornalístico Digital: práticas, possibilidades e legitimação. Mediapolis, n. 5, 23–37. DOI: 10.14195/2183-6019_5_2

Dobbs, M. (2012). The rise of political fact-checking: How Reagan inspired a journalistic movement: a reporter’s eye view. New America Foundation. Retrieved from www.issuelab.org/resource/the-rise-ofpolitical-fact-checking-how-reagan-inspired-a-journalistic-movementa-reporter-s-eye-view.html

Dourado, T. (2016). Fact-checking como possibilidade de accountability do jornalismo sobre o discurso político: as três iniciativas brasileiras. Proceedings of the 40º Encontro Anual da Anpocs. Retrieved from www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro/st-10/st17-8/10319-factchecking-como-possibilidade-de-accountability-do-jornalismo-sobre-odiscurso-politico-as-tres-iniciativas-brasileiras/file

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5th ed.). São Paulo: Atlas.

Graves, L., Nyhan, B., & Reifler, J. (2015). The diffusion of factchecking – Understanding the growth of a journalistic innovation. American Press Institute. Retrieved from www.issuelab.org/resource/the-diffusion-of-fact-checking-understanding-the-growth-of-ajournalistic-innovation.html

Graves, L., & Glaisyer T. (2012). The Fact-Checking Universe in Spring 2012. New America Foundation Media Policy Initiative Research Paper, Retrieved from http://newamerica.net/publications/policy/the_fact_checking_universe_in_spring_2

Graves, L. (2013). Deciding What’s true: Fact-checking journalism and the new ecology of news (doctoral dissertation, Columbia University). Columbia Academic Commons. DOI: 10.7916/D8XG9Z7C

Graves, L. (2016). Boundaries not drawn – mapping the institutional roots of the global fact-checking movement. Journalism Studies, online first, 613–631. DOI: 10.1080/1461670X.2016.1196602. 2016

Iyengar, S., & Hahn, K. (2009). Red Media, Blue Media: Evidence of ideological selectivity in media use. Journal of Communication 59(1), 19–29. DOI: 10.1111/j.1460-2466.2008.01402.x

Iyengar, S., Hahn, K.S., Krosnick, J.A., & Walker, J. (2008). Selective exposure to campaign communication: the rue of anticipated agreement and issue public membership. Journal of Politics, 70(1), 186–200. DOI: 10.1017/S0022381607080139

Lazer, D.M.J., Baum, M.A., Benkler, Y., Berinsky, A.J, Greenhill, K.M., Menczer, F., Metzger, M.J, Nyhan, B., Pennycook, G., Rothschild, D., Schudson, M., Sloman, S.A., Sunstein, C.R., Thorson, E.A., Watts, D.J., & Zittrain, J.L. (2018). The science of fake news: Addressing fake news requires a multidisciplinary effort. Science, 359(6380), 1094–1096. DOI: 10.1126/science.aao2998

Lupa. (2015a, Oct 15). Mas de onde vem o fact-checking? Agência Lupa. Retrieved from https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2015/10/15/deonde-vem-o-fact-checking

Lupa. (2015b, Oct. 15). Como a Lupa faz suas checagens? Agência Lupa. Retrieved from https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2015/10/15/como-fazemos-nossas-checagens/

Lupa. (2015c, Oct. 15). Quais são os riscos e os mitos em torno do fact-checking. Agência Lupa. Retrieved from http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2015/10/15/os-riscos-do-fact-checking

Lupa. (2015d, Oct. 15). O que é a Agência Lupa? Agência Lupa. Retrieved from https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2015/10/15/como-selecionamos-as-frases-que-serao-checadas

Maia, R. (2006). Mídia e diferentes dimensões da Accountability. E-compós, vol.7, 1–27. DOI: 10.30962/ec.113

Nalon, T. (2016, Sep. 15). Aos Fatos assina compromisso internacional por conduta transparente. Aos Fatos. Retrieved from aosfatos.org/noticias/aos-fatos-assina-compromisso-internacional-pela-condutatransparente-de-checadores/

Neiser, F. (2015). Fact-checking e o controle da propaganda eleitoral. Revista Ballot, 1(2), 178–212. DOI: 10.12957/ballot.2015.22133

Nyhan, B., & Reifler, J. (2010). When Corrections fail: the persistence of political misperceptions. Political Behavior, 32(2), 303–330. DOI: 10.1007/s11109-010-9112-2

Nyhan, B., & Reifler, J. (2014). The effect of fact-checking on elites: a field experiment on U.S. State Legislators. American Journal of Political Science, 59(3), 626–640. DOI: 10.1111/ajps.12162

Orlandi, E. (1997). As formas do silêncio no movimento dos sentidos (4th ed.). Campinas (SP): Editora da Unicamp.

Poynter. (2016). The commitments of the code of principles. Poynter Institute. Retrieved from https://ifcncodeofprinciples.poynter.org/know-more/the-commitments-of-the-code-of-principles

Resende, L. (2017, Dec. 23). ‘Fake news’: usar ou não usar esta expressão? Agência Lupa. Retrieved from piaui.folha.uol.com.br/lupa/2017/12/23/fake-news-dizer-ou-nao-dizer/

Traquina, N. (2014). Teorias do Jornalismo, Volume 1 – porque as notícias são como são. Florianópolis: Editora Insular.

Uscinski, J., & Butler, R.W. (2013). The (naïve) epistemology of fact-checking. Critical Review: A journal of politics and society, 25(2), 162–180. DOI: 10.1080/089113811.2013.843872.

Yin, R.K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos (2nd ed.). Porto Alegre: Bookman.

Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de propriedade dos autores, com direitos de primeira publicação para o periódico. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, para fins educacionais e não-comerciais.

 

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.